domingo, 27 de julho de 2008

Ela é uma Princesa (Para "seu moço")


Desconheço autor da foto

E você, seu moço, tome tento. Ela é uma Princesa. Daquelas de cetim e veludo. As fadas velam por suas tranças, os anjos pelo seu sono. Há dragões guardando a porta do coração Dela, eles são ferozes e vorazes, queimam em uma só cuspida de fogo qualquer desavergonhado que tente se valer dos sonhos Dela para sustentar volúpias de “uma noite só”.

Seu moço, Ela é uma princesa, veste branco nuvem e tons rosados para fazer passeios matinais no jardim encantado. Ela se alimenta de frutas doces. Ela se banha com lavanda e jasmim. É uma princesa de fino trato, andar delicado, os lábios são cheirosos e a pele alva.

Ah, seu moço, judia Dela não! Mil lendas de maldição hão de cair sobre aquele que ferir a musicalidade da paz Dela.

Ela te quer, seu moço, Ela conversa com os querubins e arcanjos, Ela pede proteção e valentia para ti, seu moço. Ela deseja um conto lilás para os beijos de vocês dois. Ela chora em silêncio quando você parte para longe, longe do colo Dela.

Ela pensa em ti, seu moço. Ela me pediu segredo também. Mas...Mas eu também quero o bem Dela, quero o riso dela doce e leve. E por isso, seu moço, eu venho a contar-lhe sobre os bordados dela - Ela vai se aventurar em você! E, eu repito, repito com o cuidado de um pai, o zelo de um protetor que não quer ver sua pupila suspirando doída por aí: Seu moço, judia Dela não! Ela é uma princesa, uma Menina-princesa (...)

[com o corpo adoçado de borboletas e a pureza dos lírios]


Faz doer não!
***
Hoje a escrita está em itálico, é mais delicado. Meu tom está rosado. Delicado. Delicada. Eu ando tão volúvel, tão menina. Eu estou tão flor!Já me disseram que fico mais bonita assim, sensível.Será mesmo?!? Eu me sinto um tanto exposta, escancarada ao vento, que, pode tanto vir como brisa, mas também como furacão. E, todos nós sabemos, flor aguenta furacão não! Espinho sim! Flor, não!

Ai ai, tome tento, seu moço! Tome tento! aqui, aqui é fina flor!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

::*Coisas de menina*::

Desconheço autor da foto.


Eu não sei nada do teu signo, teu giro, teu canto.
Não me acho nas suas canções e muito menos nas aspas das tuas palavras.

Eu só conheço teu ardor na minha pele e tua saliva de manga derretendo o meu desejo.
Apenas sei dos teus dedos-meninos que me fazem afogar meus lábios mais febris com o mel que escorre entre as minhas coxas.

A dança louca da tua boca eu também conheço. A roda quente da tua língua que desliza entre minhas cerejas e luas, ah, dela eu sei, sei bem!

Na tua brincadeira, eu sou a menina de tranças, salpicada de canela-maçã.
A menina que tem no seio o doce mais puro que se pode ter.
O doce que lambuza tua boca. Queima teus lábios rachados.

Nos meus arrepios, você é um cavaleiro desarmado.
O cavaleiro valente. Mata por um descuido.
Morre por opção. Chameja por um afago.


Cavaleiro, tranças, signo, mel e luas – eu sou caprichosa nos meus versos.


Coisas de menina...
*
*
Sol, girassol, verde, vento solar
Você ainda quer dançar comigo?
Vento solar e estrelas do mar
Um girassol da cor de seu cabelo.

(Lô borges)
*
*
Como eu ando apaixonada pelas palavras!Como eu preciso de linhas e letras para me equilibrar emocionalmente! é uma maneira de "amenizar" os 3 "ésses" - sentidos, sentimentos e sensações - que me regem. É uma caminhada no meio do bosque. É uma viagem ao meu reino encantado, onde as bruxas e fadas me relembram contos antigos. É o meu caminho e leveza. Eu quero ser poeta. Poetisa. Encantadora de palavras. Domadora de versos. Eu quero...

Pronto! Consegui o equilíbrio de hoje. Ufa!



domingo, 6 de julho de 2008

Soul de domingo

Desconheço o autor da foto.

Eu quero miçangas cor de rosa. Vou enfeitar teus contornos, pintar o teu castelo. Eu me sinto como uma ave rara que se perde no caminho de volta para casa. Minhas asas cansam. Vacilam. Teus olhos amargos não me mostram a direção. Mas, eu te enfeito. Enfeito-te mesmo assim. Lanço colares no teu contorno. Flores secas nos teus livros. Eu pingo óleo de rosas brancas nos teus pulsos.

É comum essa mistura de cores numa manhã de domingo?

Ouço soul para aliviar a alma, quero meus dias com a suavidade e persistência das canções de Macy Gray.

Estou tentando te sentir, menino, mas, há momentos que a tua respiração não canta no meu ouvido, eu te perco por entre os dedos. Sou orgulhosa demais para descer a ladeira gritando teu nome. Meus braços se estendem até onde teu desejo mora. Eu não passo da tua linha de segredos. Minhas canções não chamam teu colo. Eu apenas vislumbro a cena. Eu apenas sou essa. Sou apenas minhas asas e melodias. Sou esse excesso de ausências mal dormidas, um caso descabido entre as pérolas, harpas, punhais e vinhos.

Eu ando engolindo o meu veneno para ele não te ferir, menino. Por isso, cuida bem de mim (...)



*

Pâmela Melo

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Obs.: A manhã de domingo está linda. E eu tenho tantos desejos e flores aqui dentro. Estou a celebrar a reflexão e sensações, elas me darão frutos lindos. Eu sei.

Luz ao mundo, sempre!

Notas passadas