terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Poema de Rita Santana


Eu não sou daqui
Nem de là
Eu sou do além
De outro lugar !


Da història do mundo
Nasceu me BA - Ba
Nem homem, nem vagabundo
Eu sou estrela do céu
Da terra e do mar


Dos làbios de Deus
Nasceu meu pai, meu orixà
Ele não ensina encantos
Ensina a viver, a amar !


Orixà cantou !
No meu canto
Orixà chorou !


Vai........Vai.....Coração !
Vem pra mim
Meu Amor !


Eu não sou daqui
Nem de là
Sou do além
De outro lugar !


Numa onda doida
Eu larguei
Meus sonhos, meus desejos
Cansei de todo esse papo
Furado e sem sentido

Feito sò pra me enganar
È fulano, é sicrano
Todo mundo quer falar


Eu choro, eu grito
Eu me dano
Ninguem quer me escutar


Eu vou pro deserto
Poetar !
Para as pedras
Vou ensinar
A arte de filosofar
Eu não sou daqui
Nem de là
Sou do além
De outro lugar !


(Rita Santana)

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Obs.: Lindo esse poema! Ah Orixá!!!!!!!!!!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Despedida de Ontem.


Talvez eu saiba o propósito dessa chuva fria e insistente. Ela veio lavar meu caminho, selar um capítulo de minha história e inaugurar outro. E isso provoca em mim um bocado de angústia. Finalizar um período, saber que daqui pra frente ele só vai existir no canto melancólico de minhas lembranças machuca um pouco, deixa meu coração pequenininho e apertado, ele caberia na ponta de uma estrela de tão encolhido e frágil que está. Eu sei que ele está se preparando para novas emoções e aventuras, e essas promessas de esperança é que fazem a semente germinar e dar frutos, mas, hoje, só hoje, as lágrimas insistem em cair só pra se despedir de ontem. Vou deixá-las chover em mim. Amanhã, eu guardo essas lembranças tão recentes no meu baú de preciosidades, transformo essa angústia em coragem, e vou voar, alto, livre, vou semear meu campo de flores, porque a minha primavera é certa, e, está pra chegar!
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Pâ, Bióloga!

(Eu precisava desabafar com alguém. Foi!)


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Informe Metereológico


Eu sou a ventania que antecede a tempestade, o cheiro marrom-molhado de chuva na terra.


Cuidado, hoje vai chover!
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domingo, 13 de janeiro de 2008

Desejo


O dom libidinoso dessa mulher me assola os pensamentos e desperta devaneios sem fim.Ela dança vadia na lua cheia dos meus desejos, me fazendo inquieto e distante, só pra lembrar do teu cheiro de canela. Dia desses esqueci de apagar o fogo do café só porque a lembrança do teu gingado molhado acendeu o meu. Isso quando não me perco nos dias só pra desenhar tuas curvas de flor nos meus dedos famintos, só para tocá-la inteira, cada pedaço, cada reentrância (...)

É porque o tom do teu suor combina com meus poros molhados, e a luz do teu olhar completa meu arco-íris de cores...porque você sempre será a minha reticência pulsante(...)


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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Porque hoje tem sol lá fora.


Hoje me deu vontade de cheirar o teu sorriso, fazer doce-de-suspiro pro teu coração.


A gente ainda sabe
voar, meu amor?
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:)

domingo, 6 de janeiro de 2008

Poema de Rita Apoena


Sobre as conchas da mão


Toma o amor guardado entre as conchas da minha mão. Dentro delas ouvi as ondas quebrando-se em pedras e o espetáculo de um pequeno musgo nascido à beira de um raio de sol. Dentro delas, ouvi a terra aninhando sementes e plantas entrelaçando a ponta de suas raízes. Finas raízes tentando sustentar o mundo sob as placas de cimento. As placas de cimento, de onde germinam as casas e crescem as pessoas, entrelaçando a ponta de seus braços e o mais fundo de seus corpos pela noite escura. Dentro delas, ouvi o mundo inteiro tentando ser par... e ouvi a ponta de tuas asas tocando minhas costas nuas, teu instrumento de cordas e suspiros profundos.

Notas passadas