Hoje eu quero tocar na ferida nua, preciso tatear os vãos dos sentidos e fazer chorar a mansidão do teu signo. Se há fronteiras entre as tuas estrelas e meus pergaminhos eu já não sei, aliás, eu cansei de saber, não me importam as horas, as tabuadas, os acentos, as crises, as notícias. Eu só quero agora, crua e cigana, a rosa entre os dedos, quero vê-la sangrar em pétalas de sensações e labaredas.
Preciso com urgência que você roce em meu seio, que se prenda em minhas pernas. Eu necessito perder o fôlego para poder respirar, sentir teu peito ofegante, gemendo de explosões.
Eu quero ser deflorada ferozmente. Abundância de dedos alheios que me façam sentir cada nudez de meus poros, e que depois, naveguem nas águas quentes do meu riacho. Tenho que alimentar as línguas, banhá-las do mais puro mel que brota em mim.
Quanto apetite rasgado na minha saia rodada!
E eu me perco nessa fartura de desejos que assombram a minha racionalidade tão pueril. A falta de coragem do mundo de comungar no nu do meu umbigo soa como um estúpido eco que se repete a cada gota do meu suor quando se depara com o chão dessa realidade tão morna.
Há um desamparo das minhas emoções, e eu estou me fatigando dessa ciranda sem roda, já tateio meu cio na angústia da espera da coragem alheia (ou talvez a minha própria). Ousadia e saliva: eis a minha gula.
Eu só quero um bocado do teu doce!
Preciso com urgência que você roce em meu seio, que se prenda em minhas pernas. Eu necessito perder o fôlego para poder respirar, sentir teu peito ofegante, gemendo de explosões.
Eu quero ser deflorada ferozmente. Abundância de dedos alheios que me façam sentir cada nudez de meus poros, e que depois, naveguem nas águas quentes do meu riacho. Tenho que alimentar as línguas, banhá-las do mais puro mel que brota em mim.
Quanto apetite rasgado na minha saia rodada!
E eu me perco nessa fartura de desejos que assombram a minha racionalidade tão pueril. A falta de coragem do mundo de comungar no nu do meu umbigo soa como um estúpido eco que se repete a cada gota do meu suor quando se depara com o chão dessa realidade tão morna.
Há um desamparo das minhas emoções, e eu estou me fatigando dessa ciranda sem roda, já tateio meu cio na angústia da espera da coragem alheia (ou talvez a minha própria). Ousadia e saliva: eis a minha gula.
Eu só quero um bocado do teu doce!
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Pâmela Melo
Obs.: Eu sei que preciso ser mais corajosa para poder implicar com a covardia do mundo...
2 comentários:
Há necessidade de sentir... o toque, o desejo, a dor em toda sua plenitude, há necessidade de ser mulher, inteira, se sentir fêmea...
Lindo texto, intenso!!
Achei o texto tão.. tão humano!
Gostei Pamela!
Beijos
http://calcajeansehavaianas.blogspot.com/
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