Eu sou escandalizada de meus desejos e refém da minha aventura. Moro no mar por opção, mas em noites de lua eu solto minhas saias e vivo n’ele. Sei cultivar os olhares, e deles nascem faíscas que me alimentam os arrepios mais devassos e sustentam minha habilidade de desassossego alheio. Os dias de sol eu guardo entre os cabelos e amparo o vento por entre as coxas. Com afinco sei enredar mistérios enquanto rego as plantas. E no meu jardim não planto flores, planto afetos. Minhas distrações distorcem minha realidade exagerada. Os medos existentes servem apenas de apoio para as lágrimas mal-choradas, expulsas de minhas emoções por desamor. Meus silêncios é que desfazem minhas vertigens e minhas maçãs denunciam meu prazer quando meu gozo é quente.O meu tesouro é minha alma e loucura é viver. Pois é a censura que não existe no meu dicionário. E saiba que é de amor que os poetas nascem.
¨
*
¨
Pâmela S. Melo
¨
*
¨
Obs.: Hoje sem parênteses: inteira.
4 comentários:
fiquei sem palavras. beijos.
Uau!
Suas palavras é que são lindas.
Que poema maravilhoso!
Parabéns, menina!
(posso te linkar?)
Beijos.
Como é bom ver tanta vivacidade em suas palavras tão intensas, fortes, ousadas. É lindo aqui, por isso, no meu atrevimentom já tô linkando. Hahaha! Bjos!
*Valeu pela visita! Uma honra ter você por lá!*
Adorei o texto.
Muito bom mesmo...
Parabéns.
Beijooo!
Postar um comentário