Promete?

A gente combina assim: vou até onde chegar o limite, e quando der, passo um pouquinho, você me abraça quente e me mostra seu ombro espaçoso e aconchegante nos dias de chuva de desânimo, eu te faço um chá morno e doce de hortelã quando você tiver dor de garganta e canto canções de ninar desafinadamente (mas com toda ternura que possa ser convertida em minha voz) nas noites em que você tiver pesadelos e insônia... A gente pode brincar no jardim em dias de sol e tomar sorvete em tardes calorosas, você me paga uma casquinha de morango e eu te dou algumas guloseimas mais tarde (daquelas de lamber os beiços).
Mas o importante mesmo é você conseguir morar em mim sem me sufocar, é a gente dividir espaços, dar laços sem se enrolar, é você entender minha bagagem e meu silêncio e a gente se dividir em 1 pra somar.

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[Pâmela Melo]