terça-feira, 4 de dezembro de 2007

MELancolia.....ou fragrâncias de uma canção ingrata.


A canção me foi ingrata, me abri, soltei as amarras e ela entrou, me mostrei sem armas, e, mesmo assim,ela quis deixar suas marcas, me tirou o fôlego cadente, me deu um peito ofegante de ritmos cardíacos e saudade ardida, daquelas que queimam quente, me tirou o sossego de gente, me deu fome de destino que passou em outras vidas mas que passeiam livres nessa, me deixando apenas fragrâncias frescas e envelhecidas, apenas inconsistências de toques, é como se acariciasse o rosto do vento, beijasse as gotas da chuva e namorasse as notas musicais (porque eu sei morar no invisível, já dancei com minhas tristezas e fiz amor com minhas lembranças), mas a canção me foi ingrata, arrancou gotas de mar dos meus olhos e me colocou o coração na boca do abismo.
E a saudARDE continua aqui, disparando notas melancólicas em mim....
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[Pâmela Melo]
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(Obs.: Provoquei minha melancolia (no sentido mais doce da palavra) ao som de Enya, e ela venceu, agora estou aqui, com o peito quente de saudade do vento, ahh que saudade!).

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